sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Matilda Scorpion


Esta variante do Matilda surgiu da necessidade das forças inglesas de prover o meio blindado necessário para furar a linha defensiva alemã, mantida por pontos fortes intermeados por extensos campos minados, na segunda batalha de El Alamein, marcando o início da reação Inglesa e retomada do Egito e da Cirenaica.
O problema tático era permitir o avanço das divisões Blindadas e de Infantaria em corredores feitos nos campos minados, vencendo a linha de defesa alemã.
Uma das idéias foi a utilização de um tanque Flail (malhador) idéia esta que já vinha sendo desenvolvida na Inglaterra e no próprio Egito, por oficiais britânicos e Sul-Africanos, encarregados de dar solução ao problema.
Deste esforço surgiu o "Matilda Scorpion" assim batizado pela aparência final do veículo, com a utilização dos então obsoletos Matildas (já substituídos pelos Valentines e pelos Grants e Honeys Americanos), acrescidos de um rotor, montado em uma estrutura de dois braços colocada à frente do tanque. O rotor tinha 24 malhadores formados por cabos de aço e correntes de metal que malhavam o chão a 100 rpm, sendo impulsionado por um motor, colocado em uma caixa blindada no lado direito do tanque e que também possuía espaço para o operador do dispositivo.


Ao que parece, quando da 2ª Batalha de El Alamein em outubro de 1942, foram distribuídos 25 Matildas Scorpion, nas duas pontas de lança da operação, operados pelos 42º e 44º do Royal Tank Regiment, mas o tanque não teve o sucesso esperado,  ainda que com razoável capacidade de limpeza de campos minados, o aparato apresentava muitas quebras e falhas de motor, dado ao volume de poeira que era originado na limpeza do terreno, entupindo filtros de ar, bem como as condições adversas do deserto, que dificultavam o seu emprego. Um dado interessante é que houve registro de unidades de infantaria alemã terem se rendido, sem combater, assustadas com o barulho e poeira que os Scorpion produziam quando em ação.


Após a El Alamein foram desenvolvidas outras versões, com melhorias na estrutura (deixando-a mais leve) e no mecanismo (deixando-o mais confiável) e com a utilização de outros motores, inclusive com a retirada do armamento principal do tanque, pois era impossível apontar e atirar quando o tanque estava limpando um campo de minas. Após, a idéia principal do tanque malhador foi melhor desenvolvida, no próprio Matilda, com a criação dos Baron I e II, sendo utilizada também em Valentines (experimental) e, sobretudo em Grants, onde tiveram desempenho destacável na Sicília e na Itália e com os Shermans Flail, da 79ª DB, do Dia D em diante.

Nas pesquisas de fotos e profiles há muitas discrepâncias de informações sobre o tanque e a estrutura, para efeitos de scratch, optei por simplificar algumas coisas e por utilizar alguns detalhes de diferentes versões, seja pela minha capacidade limitada, seja pela limitação do material de pesquisa ou das ferramentas que eu dispunha.
O tanque em  sim é o bom e velho Matilda da Tamiya que é essencialmente o mesmo OOB, apenas com alguns melhoramentos nos detalhes e na aparência, com a colocação de alguns detalhes em metal e fios de cobre e aço. A montagem do tanque em si não dá maiores problemas, pois são relativamente poucas peças, o encaixe de algumas peça e as frestas é que são meio complicadas, o que entrega a idade do kit.
Como dito, a montagem do tanque não oferece maiores problemas, apenas a constante consulta às referências para substituir ou melhorar alguns detalhes.

A estrutura em si foi construída com tiras de  2mm de largura, que deram um trabalho enorme e levou muito tempo para serem cortadas, mesmo com a guilhotina:




Construção da estrutura:





Aqui mais detalhes, já com o rotor feito com cano de cobre, antenas, fios e as sinaleiras traseiras elevadas:



Test fit final, com tudo no lugar, já com malhadores (que sairão para pintura) e as figuras que um dia irão com o tanque para uma base:

Primmer:


 Pintura básica e ups & down, verniz e decais:



Pintura de detalhes e washings:



Já foram feitos o chipping e o empoeiramento e as finalizações, falta só baixar as fotos do kit pronto.
Abraço,
Marcio

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